O descaro!, os banhistas tiram as grades, pespegam-se onde há avisos de perigo, e depois a responsabilidade é de toda a gente menos dos próprios. Amanhã vou pôr-me no meio da autoestrada e depois quando morrer (vá lá...) acuso a Brisa e as câmaras de não terem um senhor para agarrar na mão das pessoas que passam.
Tenho tendência a pensar o mesmo sobre as pessoas que se deitam à sombra das arribas com sinal "perigo de derrocada" - na Adraga por exemplo, parece que estão ali mesmo à espera de levar com uma em cima - mas na Maria Luísa é tarefa impossível, toda a extensão de areia está abrangida pelo sinal de perigo, as arribas são [em altura] maiores do que a largura de areia até ao mar.
"A área da arriba estava já classificada pelo Instituto da Água (INAG) como "zona de risco", como se comprova pelo Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Burgau-Vilamoura, disponível em www.inag.pt. "Por isso é que aquela zona da praia não foi concessionada e foi colocada a sinalética a informar as pessoas que estavam numa zona de risco", disse ao DN Orlando Borges, presidente do Inag" in DN de hoje, http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1344124&seccao=Sul
A praia não está em condições de ser frequentada em segurança, não está. A não ser que queiram cobrir todo o litoral de cimento, que não desaba em cima de ninguém, vai sempre haver zonas que não devem ser usadas como praia. Eu até acho que as pessoas tem o direito de correr riscos. O que não podem é depois vir "pedir justiça", como se alguém devesse pagar a factura pelas suas decisões.