"Pois bem meus amigos. Esta estória de caroços pode parecer, analisada ao de leve, mais um divertimento de Verão. Mas não é. Desçamos então ao fundo do poço. A culpa de tudo isto é de muitos de nós, pois criamos e valorizamos estas banalidades que apenas debitam "ideias" de uma futilidade confrangedora. A seguir vem o sistema em que vivemos, recheado de politicos alicerçados num marketing de feira, para nos venderem, caro, o seu produto - o nosso voto! E é aí que entram estes figurantes (as carolinas, as cinhas, e outras quejandas), autenticas embalagens recicladas que apenas embrulham um hipotético sucesso. É como quem vende copos chineses envolvidos por caixas com um aspecto de encher o olho. E é assim que surgem, erguidas num pedestral de terra pantanosa, estas figurinhas que nada têm a dizer a uma juventude que deveria merecer respeito. Assim se fabrica um mandatário. Manda... quê? Ora vejam se alguem foi buscar um jovem de sucesso - que os há - anónimo ou não, um cientista, um agricultor com méritos reconhecidos, um empresário? Calcorreiem o País, de Faro a Bragança, nas aldeias ou nas cidades, saiam das passereles onde desfilam personagens de plástico, e encontrá-los-ão."
O comentador João Costa, aqui. Obrigado pelo seu contributo inolvidável para a política portuguesa, João.