O Movimento Erecções 2009 (é assim que exigimos ser tratados) vem por este meio - o único idóneo ao seu dispor - reprovar veementemente a reportagem do jornal Correio da Manhã sobre a causa "Libertem a empregada de Carolina Patrocínio".
As razões do descontentamento deste movimento são várias e de natureza diversa, pelo que nos parece elementar manifestarmos tal discórdia para que não restem dúvidas sobre o âmbito tanto do movimento como da causa em si.
Em primeiro lugar, gostaríamos de lembrar que o nome do movimento nunca foi referido na dita reportagem. Ora, esta situação é perfeitamente lamentável visto que o 31 da Armada teve direito a mais folhas e tinta do que o programa do PSD, o que consubstancia uma verdadeira discriminação no tratamento dado aos blogs. Bem sabemos que aqui não há ninguém com mais de três nomes e nomes estrangeiros, mas as nossas mães também têm direito a ficar orgulhosas com o nosso sucesso. No fundo é disto que se trata - sucesso e mães - e queremos ver o nosso mediatizado como o dos outros.
Em segundo lugar, estamos revoltados com o facto de a reportagem caracterizar como satírico todo o universo deste movimento, apesar de nos comentários feitos no espaço da causa ser bem visível que há pessoas bastante preocupadas com esta situação. É revoltante.
Por último, para não nos alongarmos mais porque estamos a fazer isto às 22h e há gente que tem de se ir deitar (outros há que querem ver o 30 Rock), queremos também repugnar a forma como uma causa que servia um propósito puro e justo se tornou no tabuleiro de cocaína para servir aos mais incautos o ódio camuflado da imprensa fascista por Carolina Patrocínio.
Deste modo, e por ter sido subvertida a natureza de uma causa que tinha como objectivo defender a libertação da classe operária do jugo opressor dos seus mais mediáticos representantes, subversão essa protagonizada por uma imprensa que compactua com interesses fascistas e burgueses, queremos deixar bem claro que não nos demoverão de tentar libertar a empregada de Carolina por outros meios que estejam ao nosso alcance.
É, portanto, essencial que se compreenda que não vamos desistir desta missão que é, acima de tudo, uma grande prova de cidadania.
Porém, e depois de consultarmos vários especialistas na matéria, sabemos agora que a pobre mulher, com o trauma, sofre do Síndrome de Estocolmo e achamos que o melhor face aos factos aqui apresentados é desistir da causa e apagá-la da plataforma que lhe serviu de base até agora - o facebook. Esta é uma decisão irreversível e que tomamos contrariados mas convictos de que é o melhor para todos.