Tal como se adivinhava, e muitos analistas já o tinham escrito, Pedro Passos Coelho não faz parte da lista de deputados do PSD. Naturalmente, o ex-candidato a líder do partido considerou que a fórmula escolhida pela Comissão Política desse mesmo, literalmente, partido era “um bocadinho sectária”, como quem diz que “esteve a um Danoninho” de ser totalmente sectária.
Mais um esforço… (péra aí, o “mais um esforço” era do Estrelitas, não era do Danoninho)
Não quero fazer futurologia, mas o que disse mais de metade da Comissão Política do PSD foi: “se queres ser líder do partido, tens de amargar na oposição durante uns anos, sem lugar no parlamento, como aconteceu com os anteriores líderes”. E por isso PPC introduziu o conceito “bocadinho” na designação “sectária” – porque sabe que, em Novembro, haverá novas eleições e ele vai ganhar, amargando como Ferreira Leite e Marcelo fora do Parlamento enquanto líder da oposição.
Quem não acompanha o Partido Social Democrata pode acreditar também que a inclusão nas listas de António Preto e Helena Lopes da Costa, arguidos, suspeitos de ajudar o partido, não faz sentido. Desenganem-se, faz todo o sentido, “é o chamado efeito Santana”, disse-me uma fonte que não posso revelar.